terça-feira, 9 de junho de 2009

1ª - The Day After

Olá
Espero que seja a 1ª de muitas.
Logo calha na ressaca de mais uma FANTOCHADA que em Portugal se chama "Eleições"; desta vez e a reboque da famigerada Europa, lá foi o povão às urnas.
Como se não fosse um hábito diário; temos todos os dias e invariávelmente um funeral de alguém que, ou conhecemos ou alguém conhece. Gostamos desta onda e alinhamos; mais a mais agora que científicamente se provou que o melhor engate surge sempre num velório; conheçamos ou não o morto ou alguém próximo.
Por isso e mórbidamente falando, esta romaria às urnas calha sempre bem, mesmo que seja preverso aturar aquela chusma de parasitas que gravitam em torno do papelito que lhe vale o tacho; meus caros, a verdade é esta: o "n(v)osso" sacrifício da 'descarga no caderno eleitoral vale sempre a pena'...para alguém...
Nem de propósito e ainda mal tinham sido encerrados os locais onde havia sido "...depositada a vontade popular..." (PCTP-MRPP, camarada Arnaldo Matos, Dezembro de 1975, sic), logo apareceram os habituais oportunistas que a troco de 2 minutos de fama televisiva, para si reclamam a suprema glória da vitória do partido a que (agora) pertencem; por outro lado, a fuga dos derrotados foi mais que envergonhada, deixando para trás uma cada vez mais triste figura que carrega na mão um canudo académico que não convence ninguém e umas olheiras mostradas na TV logo após o cumprimento do seu dever cívico que indiciavam uma noite muito mal dormida como que antecipando uma tragédia há muito esperada e que viria a suceder.
Confesso que para mim tanto dava ser assim ou doutra maneira.
Ganhasse quem ganhasse, continuo a correr o risco de sair de casa à noite para ir tomar um café ou simplesmente ir colocar o lixo no seu lugar e ser assaltado; ou não levando nada que possa ser roubado, levar umas pêras na fuça precisamente por não trazer nada de valor comigo.
Conclusão: bebo café em casa (de saco) e o lixo vai no dia seguinte à luz do dia, onde continuo a correr os mesmos riscos apenas com a diferença de ter assistência pública sem que ninguém intervenha.
Portanto companheiros, e resumindo: «A merda é a mesma; mudaram apenas as moscas».
Lamento apenas que o valor da abstenção se tenha cifrado em pouco mais de 60%; haverá seguramente o dia em que o valor será de 90% ou mais e alguém se aperceba que só votaram "eles", os familiares directos e a pandilha que com eles alinha.
Adeus e até ao meu regresso.

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