segunda-feira, 6 de julho de 2009

Políticos, Democracia, Benfica e Dr. António

Realizou-se na passada sexta feira dia 03 de Julho, o IV congresso da SEDES - Associação para o Desenvolvimento Económico e Social, cujo lema era "A qualidade da Democracia e o Pós-crise".
Porque se trata de um associação cívica e de reflexão sobre os mais actuais e diversos temas, escutei com particular atenção os resultados de um estudo encomendado por este organismo e que, visava avaliar como nós portugueses vivemos e sentimos esta nossa pobre democracia; pois bem, as conclusões foram as que se previam e que em nada me admiram: anda mal e não se recomenda. Com se ainda fosse necessário confirmar, a população em geral está desagradada com a qualidade desta democracia, culpablizando em particular os seus principais intervenientes: os políticos - não a política de uma forma generalizada.
O ramalhete ainda ficou mais composto, quando 1 ministro (???) se tornou em ex num curto espaço de tempo, quando em plena AR gesticulou para um deputado informando-o que no próximo aniversário lhe iria ofertar um magnífico "chapéu de osso"...
Depois é óbvio que temos de ter resultados de abstenção como os que ocorreram em 07 de Junho ou piores ainda...
Nem de propósito no mesmo dia, realizaram-se eleições no S.L. Benfica, onde e independentemente dos créditos e méritos de quem está à sua frente, houve também alguma falta de cultura democrática, ao ponto de 1 dos candidatos ter de entrar no espaço destinado à votação, por uma porta lateral e escoltado por agentes da P.S.P. à paisana, elementos do C.I. e ainda por mais 4 seguranças pessoais; isto foi dito e não desmentido por ninguém.
Como diria uma personagem da nossa praça "não havia necessidade...".
Mas isto não é senão um (mais um) reflexo dos tempos em que vivemos onde a tolerância e o livre direito de opinião (e liberdade de expressão!!!), apenas são meros vocábulos que fazem parte (ainda...) dos dicionários de língua portuguesa.
A conclusão a que já havia chegado há muito e que a cada dia que passa mais confirmo, é que estamos mesmo no fundo e que passados 35 anos as coisas continuam na mesma; vigarice, malandrice e compadrio tal qual como antes, com a diferença que agora existe impunidade. Pelo menos no antigamente, o Dr. António tinha a coragem de castigar e/ou afastar os poucos que por vezes mijavam fora do penico...
Agora a reprimenda passa pela colocação noutro lugar público (vindo de outro, claro) ou nalguma empresa onde haja participação estatal.
Estamos mal.

1 comentário:

  1. Já a Dra. Manuela Ferreira Leite, tem n'ela algo de "salazarismo". É esperares pelas legislativas que se seguem.

    ResponderEliminar